domingo, 18 de março de 2012

A SÓS, COM DEUS (continuação)

...Mas cavando um pouco mais fundo, começo a descobrir no coração, talvez não medo,mas uma espécie de saudade dolorosa, uma nostalgia que me cobre...Sabes, gostava de poder continuar com a Sara e com a Rita, saborear, de vez em quando, a sua presença; vê-ls crescer, senti-las sonhar!Acho na minha ,sempre grande infantilidade,que elas precisam de mim, que se calhar, com a minha prença física poderia evitar que algo de menos bom lhes acontecesse...Eu sei que é pura ilusão...Por outro lado está o Vítor. Vê Tu, meu Deus, chego também a ser pretensiosa ao ponto de pensar que lhe farei falta. Se calhar até se ia adaptar melhor do que eu suponho.Dirás que eu poderei acompanhá-lo mesmo para lá da morte...Mas sabes também que nem todos os humanos têm essa perspicácia para esse convívio.Depois vêm os meus animais. Quem olharia por eles? Quem lhes iria acudir?E as flores que eu tanto guardo, que alegram as minhas manhãs e as minhas tardes?Não as posso levar comigo!...Será que as posso "ver" depois? E o trinado dos pássaros, do melro e da toutinegra? Não queria nunca deixar de os ouvir...Acho que nem mesmo no céu haverá coisa tão bela! Meu Deus e Meu Amigo, para quê, afinal, dizer-Te tudo isto? - É porque me vais confortar, é porque vais fazer luz no meu Espírito para que eu entenda e aceite o que tiver de enfrentar. E uma coisa começo já a ter como certa: o que é belo não vai perecer! O amor não vai acabar e Tu ficas sempre comigo, seja em que hora viver, seja em que circunstância estiver! TU SEMPRE ESTÁS!!!

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