sexta-feira, 29 de março de 2024

O SERMÃO DA MONTANHA...

Uma forma de recordar hoje, Jesus, dia em que se celebra a sua morte!

Martinho Lutero defendia a opinião de que o lugar do SERMÃO DA MONTANHA não era na câmara municipal, porque não se pode governar com ele...
 
O SERMÃO DA MONTANHA sempre foi alvo de fortes ataques de todos os setores.
Hitler apelidou os Dez Mandamentos e o mandamento do amor ao próximo de « maldição do Sinai»...

Os marxistas clássicos consideravam ser um obstáculo para as mudanças revolucionárias de cariz violento. 

O Sermão da Montanha  também alvo de muito desprezo e de muita troça.
Bismark estava convencido de que sem moral, sem a norma do Sermão da Montanha é possível fazer política do poder de forma mais livre e com menos escrúpulos.

No entanto, a política de Bismark constitui ela própria a melhor prova de que a falta de ética leva á catástrofe.


Para a Igreja Católica até ao Concílio Vaticano II, o Sermão da Montanha destinava-se apenas aos perfeitos, aqueles que viviam como monges, mas não aos « cristãos mundanos» que viviam no mundo, que tinham família, que trabalhavam...

Alguns teólogos apelidam- no depreciativamente de sermão « fanático-  entusiástico», porque é manifestamente incómodo: o Sermão da Montanha seria o esboço do Reino de Deus na Terra.

O sermão da Montanha faz seguramente parte das obras-primas de literatura mundial, como diz Pinchas Lapide, mas exige -ao que parece- coisas simplesmente impossíveis para o ser humano comum...

Estas interpretações não representam uma despolitização do Sermão da Montanha, antes pelo contrário: elas constituem uma concretização que protege o Sermão da Montanha de ataques baratos, tirando, simultaneamente , consequências políticas de peso.

Resumindo: a história do samaritano constitui a chave de interpretação do Sermão da Montanha. Todos se tornam os próximos daqueles que estão em dificuldades, que sofrem injustiça. Isto significa que o EVANGELHO exige «ação»... Não se trata de teorias, mas sim de ação correta. E é impossível que estas exigências se dirijam apenas às relações entre pessoas. Se quero ajudar alguém, posso ter de aumentar a taxa máxima de impostos ou baixar os descontos, porque uma política fiscal que prejudica a classe média destrói milhares de empresas.

O mandamento do amor ao próximo pode significar também a mudança das estruturas do Estado. Existem situações de injustiça, de abuso do poder, de opressão, de desumanização que contrariam diametralmente o amor ao próximo, mas que só podem ser alteradas pela política.

(Segundo Heiner Geibler em " O QUE DIRIA JESUS HOJE?")

1 comentário:

  1. JESUS foi intemporal. A sua Palavra atravessou o tempo...Mais de 2000 anos! E continua atual, aplicável na Sociedade, na Política e eu gostava de dizer, também na Religião!
    Onde impera o gosto pelo poder não há o amor que Jesus sempre preconiza. E onde existe o amor não é necessário o poder. O Amor tudo pode!

    ResponderEliminar