Numa manhã primaveril, por volta do ano trinta da era cristã, as autoridades romanas executaram três homens na Judeia. Dois eram salteadores- homens que deviam ser ladrões ou bandidos, cujo único interesse era o seu próprio proveito, mas que também podiam ter sido insurretos cujo banditismo tinha um objetivo político. O terceiro foi executado como um outro tipo de criminoso político. Não tinha roubado, pilhado, assassinado, nem sequer acumulado armas. Foi condenado, no entanto, com base na acusação de ter afirmado que era« rei dos judeus»- um título político. Aqueles que assistiam- entre os quais se encontravam algumas mulheres que tinham seguido o terceiro homem- pensavam certamente que as suas esperanças de uma « insurreição» bem sucedida tinham sido destruídas e que o mundo quase não daria pelo que tinha acontecido naquela manhã de Primavera. De facto, durante algum tempo- tal como demonstram os vestígios literários da elite do Império Romano- o mundo quase não registou este acontecimento. É evidente que o terceiro homem, Jesus de Nazaré, acabou por se tornar uma das figuras mais importantes da história da Humanidade. A nossa tarefa consiste em compreender quem foi e o que fez este homem.
( De a Verdadeira história de Jesus)- E.p. Sanders
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