Mais do que « ter » uma religião, importa sentir e viver a realidade de haver uma religião que me tem a mim, diante da qual todo o meu ser a nível intelectual e emocional está envolvido, mas diante da qual não posso nem devo negar aquilo que em mim esta dimensão de busca e procura de « explicação », na certeza de nunca a encontrar, mas também na certeza de nunca deixar de a buscar, sob pena de negar a mim próprio a minha dimensão de pessoa.
É urgente convencer os homens e as mulheres do nosso tempo de que podem enquadrar-se num âmbito de referência religioso, mas sem deixar de lado a necessidade de ser pessoas. ...
Quando todos nós, mas todos sem exceção, percebermos finalmente que as « religiões» são fenómenos históricos, enquadrados e limitados no tempo e no espaço, entenderemos a eternidade como o grande espaço de liberdade sem religiões que dividem... Até lá ... toca-nos de facto gemer e chorar neste vale de lágrimas, estúpida e unicamente por nossa causa ... em nome de um deus que ainda por cima não existe...
DEUS NÃO « TEM » RELIGIÃO ...
NA ETERNIDADE NÃO HÁ RELIGIÕES...
QUANDO ENTENDEREMOS ISTO?
"Roteiro para ler a Bíblia" de Frei Fernando Ventura
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