quarta-feira, 1 de agosto de 2012

NÃO ESTÁ AQUI.

Ainda não nascera o Sol do dia que para nós é o Domingo,quando as mulheres se drigiram ao horto. MAs a oriente, por cima das colinas, uma esperança branca...espalhava-se lentamente por entre a palpitação das constelações, vencendo pouco a pouco a cintilação da noite. Era uma dessas madrugadas serenas, que fazem pensar no sono dos inocentes e na beleza das promessas e em que o ar límpido e benigno parece ter sido agitado pouco antes por um voo do anjos; um desses dias virginais que se anunciam por um lúcido palor, uma alegria pudica, uma aragem leve e fresca. As mulheres, absortas na sua tristeza, caminhavam, por esse crepúsculo arejado, como que enfeitiçadas por uma vaga inspiração que não saberiam definir. Voltavam ao horto para chorar sobre a pedra? Ou para ver uma vez mais Aquele que soubera conquistar-lhes os corações sem os consumir? Ou para depor em volta do corpo imolado, aromas mais fortes que os de Nicodemos? _ Quem nos há-de remover a pedra da boca do sepulcro? (...) De começo, nada viram e um novo pavor as sacudiu. À direita um jovem, sentado, vestido de branco- a sua veste, no escuro, era alva e brilhante como a neve - parecia esperá-las. - Não vos assusteis. Aquele que procurais NÃO ESTÁ AQUI!

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