A VIDA DO ESPÍRITO
Para os Judeus, A TORA era a fonte de todo o conhecimento - religioso, histórico e ético.
A Sinagoga era um lugar, não só de culto como de instrução para todas as idades.
Qualquer criança judia da Palestina se apercebia, desde muito cedo, de pertencer a um povo para o qual a religião constituía uma paixão. Até os mais pequenos devem ter sentido a excitação das manhãs de sábado, principalmente num pequeno lugar como Nazaré, quando todos os judeus da povoação se juntavam, ao romper da alva, no edifício da sinagoga.
Homens, mulheres e crianças sentavam-se nos bancos encostados ao longo de três paredes de pedra ou iam-se arrumando de pé ou sentados no chão também de pedra. Defronte da quarta parede - a que ficava voltada para Jerusalém- pequenas chamas tremeluziam no candelabro de sete braços junto à estante de leitura, montada num estrado sobre o qual já estava colocado o leitor das orações para essa manhã.
O leitor não era um sacerdote, como no Templo... podia ser qualquer membro varão adulto da congregação, qualquer simples carpinteiro, oleiro, agricultor que os aldeãos conheciam da vida diária...
Fosse quem fosse o leitor a sua voz fazia- se ouvir nas bênçãos e louvores a Deus!...
Em seguida o hazzan trazia a arca de madeira, abrindo-a retirava um rolo da Tora embrulhado em linho fino...
A LEITURA DA TORA EM VOZ ALTA TODOS OS SÁBADOS, EM TODAS AS FESTAS, NA LUA NOVA... ERA O DEVER E A ALEGRIA DA TODAS AS COMUNIDADES.