Nenhuma pessoa , nenhuma comunidade palpitante de vida, vive exclusivamente de « heranças».
Tudo nela irrompe da interioridade, como os versos do poeta, a liturgia, a oração, as normas que regem a vida;
Caso contrário, seria simplesmente um movimento de inércia, mas não vida verdadeira.
Contrasta com as exigências da fé, a realidade dos nossos crentes e das nossas comunidades.
De um modo geral, tem que se afirmar que são pura passividade. As mesmas orações de sempre, os mesmos ritos de sempre, a mesma monotonia de sempre, baseando-se na razão última de que « sempre se fez assim»...
Uma comunidade viva não pode identificar-se com a linguagem, as expressões ,os sinais que serviram de canais de expressão a comunidades de há três séculos. Seria incoerente.
Quando as pessoas de hoje passam os umbrais de muitos dos nossos templos, têm a impressão de entrar noutro mundo.
O que se passa no ambiente familiar, no trabalho ou no bairro, nada tem a ver com o que ali se diz e se celebra .
A LINGUAGEM É OUTRA.
Quão diferente era a linguagem de Jesus! Os homens rudes do seu tempo sentiam que ELE traduzia, com chave religiosa, a vida real que levavam..
Compete-nos, a nós, viver um Cristianismo «inédito», «nosso» .
A festa, então, será de todos. Haverá, nela, vibração e vida!
Do Livro "Cristãos adultos"