Eu sou o narciso de Saron
eu sou o lírio dos vales.
Tal como um lírio entre os cardos,
é a minha amada entre os jovens.
Anseio sentar-me à sua sombra,
que o seu fruto é doce na minha boca.
Levanta-te! Anda, vem daí, ó minha bela amada!
Eis que o Inverno já passou, a chuva parou e foi-se embora; despontam
as flores na terra, chegou o tempo das canções, e a voz da rola já se ouve na nossa terra; a figueira faz brotar os seus figos e as vinhas floridas exalam perfume.
Levanta-te! Anda, vem daí, ó minha bela amada! Minha pomba nas fendas do rochedo, no escondido dos penhascos, deixa-me ver o teu rosto, deixa-me ouvir a tua voz. Pois a tua voz é doce e o teu rosto encantador.